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Startup brasileira desenvolverá controle biológico para varroa

Após investimento da Fapesp, a Decoy destinará R$ 650 mil para criação da tecnologia que deve auxiliar apicultores que sofrem com a praga


Por Teresa Raquel Bastos


Um problema que atinge apicultores do mundo todo pode estar com os dias contados. A Decoy, startup do agro que desenvolve tecnologias de controle biológico de pragas, recebeu investimento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e vai destinar R$ 650 mil do montante para a pesquisa de um produto biológico contra o ácaro Varroa (Varroa destructor).


O estudo é liderado por duas mulheres: a bióloga Dra. Tatiana Magalhães, CTO da startup, e a bióloga e pesquisadora Dra. Larissa Elias. São elas que vão direcionar as melhores práticas sustentáveis de combate ao parasita que ataca abelhas da espécie Apis mellifera e é uma das causas do distúrbio do colapso das colônias e desaparecimento da espécie.

No Brasil, a varroa tem aparecido cada vez mais, especialmente em apiários de Apis mellifera no Sul do país. De acordo com o comunicado emitido pela Decoy, as formas de controle do parasita usadas hoje envolvem químicos sintéticos, que vêm perdendo eficácia nos últimos anos, já que a maior parte das espécies de ácaros desenvolveram resistência às fórmulas. “Os produtos químicos são tóxicos ou letais para as abelhas, e os resíduos desses compostos se acumulam na cera dos ninhos e contaminam os produtos da colônia, como mel, cera e pólen, que não podem ser comercializados, gerando grandes perdas econômicas”, explica Larissa. Por aqui na Bee Mel nunca tivemos casos de varroa.

A iniciativa é pioneira e busca resultar no primeiro controle biológico do mundo contra esse ácaro. Sua formulação é composta por fungos que são inimigos naturais do parasita. “A solução possui uma série de vantagens em relação aos químicos, como o fato de não gerar resíduos no mel e outros produtos da colmeia, não causar a morte das abelhas e não gerar pragas resistentes com o uso prolongado”, complementa Larissa.

Se der tudo certo, a novidade pode ser uma grande aliada na recuperação das colmeias no mundo todo. "A preservação das abelhas é um dos temas ecológicos e econômicos mais importantes hoje em dia e nossa solução vem ao encontro das demandas existentes", finaliza a pesquisadora.


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