Técnica obteve excelentes resultados, evitando amputações de membros infectados
Por Bee Mel - Piauí
A diabetes é uma doença que pode ocasionar algumas lesões como o pé diabético, que às vezes leva à amputação do membro. Buscando uma solução acessível e menos invasiva, cientistas e médicos do México desenvolveram um adesivo feito com cera de abelhas e mel para tratar as feridas.
A técnica foi adotada em 2019 e desde então tem gerado bons resultados no Centro de Estudos Superiores de Tepeaca. O médico Arnaldo Acevedo Mendez, um dos envolvidos nas pesquisas, foi quem sugeriu usar produtos apícolas para o tratamento alternativo. A inspiração foi seu contato prévio com abelhas desde os cinco anos de idade, graças à pequena criação de abelhas dos pais. Ele já havia utilizado mel em ferimentos durante a vida e repassou suas experiências medicinais à equipe. A partir daí iniciaram os estudos sobre o poder curativo do mel.
Desenvolveram então o adesivo de cera de abelhas, mel e tecido, que pode ser moldado de acordo com a dimensão da lesão. Nos testes, os resultados mostraram melhora na cicatrização e redução de bactérias nas feridas.
Durante a investigação sobre a eficácia da técnica, formaram um grupo de 15 pacientes com pé diabético, que todos os dias recebiam curativos de mel. Seis deles tiveram as feridas completamente curadas em 14 dias. Os outros voluntários obtiveram melhora em até 21 dias.
O tratamento tem sido ofertado gratuitamente no México e deve seguir assim: a tecnologia foi patenteada para não ser vendida a grandes empresas farmacêuticas, que podem encarecer e dificultar o acesso ao adesivo de mel.
No Brasil ainda não há registros de hospitais que adotem a invenção.
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